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A César o que é de César: estrago nas finanças públicas vem do aumento de gastos do governo Lula

Ministro da Fazenda atribui a deterioração das contas públicas ao governo anterior, mas dados da Instituição Fiscal Independente contradizem suas alegações. Para alcançar um superávit estrutural, é necessário focar no controle dos gastos atuais, em vez de reescrever a história.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribui deterioração das contas públicas federais ao governo anterior, apontando aumento de gastos sob sua gestão.

Ele critica o superávit anterior como resultado de manobras contábeis, como "calote" em precatórios e venda de estatais, que não afetam o resultado primário. Haddad promete superávit estrutural com nova rodada de tributos para o próximo ano.

O conceito de resultado estrutural envolve descontar receitas e despesas não recorrentes e ajustar os resultados pelo ciclo econômico. Assim, se busca uma análise clara do balanço fiscal.

A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, produz estimativas do resultado estrutural com metodologia pública e respeitada. As estimativas da IFI mostram que, ao contrário do que afirma Haddad, houve superávits na segunda metade do governo anterior, enquanto o atual governo já registra déficits de 1,4% e 1,7% do PIB.

Para alcançar um superávit estrutural, o foco deve ser no controle dos gastos atuais e não na reinterpretação do passado.

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