A China considera Putin um fanático obsessivo, mas o quer no poder'
China busca um papel de mediadora no conflito Rússia-Ucrânia, defendendo a paz enquanto mantém vínculos estratégicos com Moscou. Especialistas indicam que a posição chinesa é influenciada pela necessidade de contrabalançar a influência dos EUA na região.
China e a Guerra na Ucrânia: A Perspectiva de Pequim
A China tem desempenhado um papel crucial e muitas vezes ignorado nas discussões sobre a guerra na Ucrânia.
Os países ocidentais acusam a China de apoiar a Rússia ao não aderir a sanções e continuar fornecendo produtos. No entanto, muitos especialistas acreditam que o país asiático poderia pressionar a Rússia a encerrar o conflito, mas ainda não tomou essa iniciativa.
Segundo Alexander Gabuev, especialista em China, a ordem mundial ideal para Pequim é a manutenção da paz.
- China vê a si mesma como a potência dominante no hemisfério oriental.
- A guerra entre Ucrânia e Rússia é um conflito distante, mas impacta a China indiretamente.
- Para Pequim, é crucial que ninguém morra na guerra, o que poderia ser considerado um ganha-ganha para todas as partes.
Apoio da China à Rússia
A China aumentou o comércio com a Rússia, comprando petróleo e fornecendo produtos. Essa relação é vista como uma forma de apoiar o esforço militar russo, embora Pequim não reconheça oficialmente a agressão russa.
A mídia estatal chinesa apresenta a guerra de forma ambígua, mas as discussões nas redes sociais refletem preocupações sobre a integridade territorial da China.
- China deseja um fim para os combates e opõe-se à adesão da Ucrânia à Otan.
- Se um cessar-fogo for alcançado, a China poderia se apresentar como mediadora responsável.
Aliados ou Competidores?
A relação entre China e Rússia é complexa, com sentimentos de superioridade cultural e uma visão pragmática.
A China não acredita que a guerra possa ser encerrada facilmente e teme uma mudança de governo na Rússia que possa favorecer o Ocidente.
Impactos na Taiwan
A guerra na Ucrânia serve como um estudo de caso para a China em relação a Taiwan. Pequim observa:
- A unidade do Ocidente em resposta ao conflito.
- As dificuldades enfrentadas pela Rússia, que podem servir como lições para sua prontidão militar.
Em resumo, a China está atenta aos desdobramentos da guerra na Ucrânia e busca proteger seus interesses estratégicos, mantendo um equilíbrio delicado entre apoiar a Rússia e buscar a estabilidade regional.