A crise que levou ao maior protesto de rua contra governo na história da Sérvia
Protesto em massa na Sérvia reflete descontentamento com governo após tragédia em estação ferroviária, onde 15 pessoas morreram. Manifestantes exigem respostas e responsabilização sobre o colapso, que simboliza anos de corrupção e precariedade.
Centenas de milhares de pessoas protestaram em Belgrado, Sérvia, em 15/3, contra as mortes de 15 pessoas no colapso de uma estação ferroviária.
O governo estima que 107 mil participaram, mas um monitor independente calcula até 325 mil, tornando esse o maior protesto na história da Sérvia.
Os manifestantes acusam o governo e o presidente Aleksandar Vucic de corrupção e má administração, refletindo mais de uma década de poder do Partido Progressista.
Vucic discursou, elogiando a polícia e afirmando que "entendeu" a mensagem dos manifestantes, mas reafirmando que não renunciará.
Os protestos começaram com estudantes, mas se expandiram para envolver taxistas, fazendeiros e advogados, todos exigindo transparência e responsabilização sobre o desastre na estação reformada em 2022.
Até agora, 16 pessoas foram indiciadas, incluindo um ex-ministro, mas as acusações não foram a julgamento.
Estudantes afirmam que não pararão até que suas demandas sejam atendidas: "Queremos um país que funcione", como ressalta a estudante Jana Vasic.
O primeiro-ministro Milos Vucevic renunciou no final de janeiro, mas ainda não foi confirmada sua saída e ele continua no cargo.
Vucic chamou os protestos de "bem-intencionados", mas criticou a oposição, acusando-os de tentar um "governo interino fraudulento".
Os estudantes, por sua vez, pedem apenas responsabilidade e estado de direito, sem reivindicar mudanças governamentais imediatas.