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'A crueldade parece ser o princípio central da política de hoje'

Henry A. Giroux analisa a ascensão da "cultura da crueldade" sob o governo Trump, apontando como ela molda a política americana contemporânea. Segundo o acadêmico, essa crueldade se reflete em políticas desumanizadoras que afetam diversos grupos sociais.

Vídeo da Casa Branca exibe migrantes deportados com algemas e correntes.

O presidente Donald Trump anunciou a ampliação do centro de detenção de migrantes em Guantánamo, classificando-os como "os piores criminosos estrangeiros ilegais".

Para Henry A. Giroux, acadêmico canadense, isso reflete uma cultura da crueldade na política atual.

Giroux argumenta que a crueldade é agora o princípio central da política nos EUA, afirmando que isso se evidencia nas políticas e na linguagem de Trump.

Ele observa que embora a crueldade sempre tenha existido, o governo atual a manifesta de forma mais desonesta e celebratória.

A crueldade vai além de linguagem desumanizadora; ela se reflete em políticas que atacam minorias e marginalizados, especialmente desde a ascensão do neoliberalismo nos anos 1980.

Giroux define o governo de Trump como fascista, ressaltando que ele não acredita no Estado de direito e promove um nacionalismo cristão branco.

Ele critica a educação como ferramenta de controle social, promovendo a ignorância fabricada e alimentando o ódio e a intolerância.

Giroux alerta para a crueldade global e argumenta que o discurso de Trump e suas políticas refletem um movimento emergente que busca redefinir a democracia.

Ele propõe a necessidade de uma resistência coletiva e a reconstrução de valores democráticos, enfatizando um movimento multirracial da classe trabalhadora.

Giroux acredita que, embora a polarização aumente, as pessoas, especialmente os jovens, eventualmente acordarão para a necessidade de mudança diante da crescente opressão.

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