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‘A direita pode vencer em 2026 mesmo se entrar fragmentada no 1º turno’, diz cientista político

Christopher Garman analisa o cenário político e as eleições de 2026 no Brasil, destacando o potencial da direita mesmo em um contexto de fragmentação. Ele aponta que a preocupação com a economia, a segurança e a corrupção terá papel crucial na decisão do eleitor.

Chris Garman, cientista político e diretor-executivo da Eurasia, analisou as eleições brasileiras de 2026, destacando a possibilidade de fragmentação da direita e suas implicações para a reeleição de Lula.

Ele previu que, mesmo com a direita dividida, ainda há tempo para articular um candidato forte que chegue ao segundo turno. Garman ressaltou que a percepção de que a fragmentação diminui as chances de vitória da oposição é exagerada.

Garman analisou o atual cenário, onde a aprovação de Lula caiu de 49% para 41-42%. Ele observou a importância da segurança e corrupção nas preocupações do eleitor e considerou que, se a oposição conseguir um nome apoiado por Bolsonaro, a chance de vitória aumenta.

A disputa pela indicação de candidatos na direita gira em torno de quem Bolsonaro irá apoiar. Se endossar Tarcísio de Freitas, há possibilidade de unificação da direita. Contudo, caso escolha um membro da família, a fragmentação é provável.

Garman comentou que, para uma ‘terceira via’, é necessário apresentar-se como um candidato antissistema e captar o desencanto do eleitorado com instituições tradicionais. Ele acredita que a polarização atual favorece um discurso mais radical.

Se houver um desejo de mudança significativo entre os eleitores e os temas econômicos se tornarem predominantes, um candidato da direita poderá superar Lula. Portanto, a candidatura de centro requer não apenas um bom nome, mas também credibilidade com o eleitorado.

Finalmente, Garman ponderou que a direita seguramente avançará nas cadeiras do Senado, mas ainda é incerto se conseguirá controlar toda a câmara. O governo Lula deve se fortalecer para mitigar esse impacto, enquanto a direita se prepara para aumentar sua pressão sobre o Supremo Tribunal Federal.

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