A economia dos Estados Unidos está mais frágil do que parece
Os recentes dados econômicos dos EUA apresentam um quadro otimista, mas oculta uma fragilidade subjacente que pode afetar o mercado de trabalho, o setor imobiliário e o consumo. A incerteza sobre a agenda tarifária de Trump e suas consequências futuras alimenta um ambiente de mercado instável.
Mandato de Trump: Seis meses de governo e a economia dos EUA mostra sinais de fragilidade, apesar de alguns dados positivos.
- Crescimento de empregos: Superou expectativas, mas dois terços dos novos empregos vieram de setores menos dinâmicos, como saúde e governo.
- Mercado de trabalho: O índice de difusão caiu abaixo de 50, indicando mais cortes do que contratações, o que é raro fora de uma recessão.
- Qualidade dos dados: Empregos superestimados em média de 75 mil e revisões futuras são menos notadas pelo mercado.
Mercado imobiliário: Sensível a taxas de juros altas, com compradores de primeira viagem gastando mais em hipotecas e estoques de casas novas em alta.
- Consumo: Gastos de consumidores caindo, com famílias ricas se tornando mais cautelosas.
- Reservas de dinheiro: Estão se esgotando, o que pode impactar a demanda futura.
Mercado de ações: S&P 500 desconectado da economia real, dependente de grandes empresas e com muitos lucros provenientes do exterior.
- Tarifas: Taxa média residencial programada para aumentar, mas o aumento de preços ainda está contido.
- Expectativas: A valorização do S&P reflete otimismo, mas ações podem estar supervalorizadas.
Ambiente político: Incertezas econômicas e políticas podem agravar a situação; plano fiscal de Trump pode não fornecer estímulo suficiente.
Conclusão: Os setores da economia estão próximos de um ponto de virada, e a agenda protecionista pode colocar a economia em risco. A resiliência aparente pode não sustentar o crescimento futuro.
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