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A estratégia por trás do pedido de Bolsonaro para formar maioria no Congresso em 2026

Bolsonaro busca conquistar 50% do Congresso para retomar protagonismo político e avançar pautas ideológicas. A estratégia inclui a anistia dos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e a possibilidade de impeachment de ministros do STF.

Em mobilização na Avenida Paulista, Jair Bolsonaro (PL) pediu apoio para eleger 50% da Câmara e do Senado em 2026, marcando uma mudança estratégica para restaurar seu protagonismo político.

A intenção de ampliar a base parlamentar busca enfraquecer os contrapesos institucionais e proteger aliados contra ações no Supremo Tribunal Federal (STF), onde é réu por tentativa de golpe de Estado.

“Me deem 50% da Câmara e do Senado que eu mudo o destino do Brasil. Nem eu preciso ser presidente”, afirmou Bolsonaro, reconhecendo o novo equilíbrio de forças e reposicionando o Legislativo como elemento crucial para sua agenda.

Um dos objetivos é a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro; um tema que enfrenta resistência no Congresso e rejeição popular. Com uma base fiel, Bolsonaro busca aprovar a anistia e facilitar o impeachment de ministros do STF, exigindo ao menos 39 aliados na eleição de 2026.

Atualmente, 54 das 81 cadeiras do Senado estarão em disputa, o que pode alterar o equilíbrio de poder. A movimentação gera preocupações no Judiciário, que vê a ação como uma tentativa de institucionalizar o embate com o STF.

Bolsonaro declara nas redes sociais que seu objetivo é “ampliar a representação de uma maioria silenciosa” excluída dos espaços institucionais, negando pretensões de overpor marcos legais e democráticos.

A retórica visa consolidar sua imagem de porta-voz de um eleitorado ignorado, ao passo que articula uma bancada ideológica e combativa.

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