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A Global Eggs entrou nos EUA; agora, quer crescer na Europa

Global Eggs se torna a segunda maior produtora de ovos do mundo com aquisição de Hillandale Farms, ampliando sua atuação na Europa e Estados Unidos. O empresário Ricardo Faria se prepara para novas aquisições, enquanto busca equilibrar bem-estar animal e acessibilidade de preços.

Global Eggs se torna a segunda maior produtora de ovos do mundo após adquirir a Hillandale Farms por US$ 1,1 bilhão.

Ricardo Faria, fundador da empresa, anunciou que já está em negociação para uma nova aquisição na Spanha, que adicionará 400 mil galinhas ao portfólio, além de planos para mais M&As na Europa.

O objetivo é tirar proveito do crescimento global no consumo de ovos e do baixo endividamento da empresa (inferior a 1x EBITDA). Faria mencionou: “Concorrentes se financiam em moeda forte, enquanto no Brasil os custos são altos.”

Com as aquisições, espera-se que o portfólio total de galinhas atinja 41 milhões, gerando uma receita de US$ 2 bilhões e EBITDA de US$ 500 milhões.

Em 2024, a Granja Faria teve receita de R$ 2 bilhões e EBITDA de R$ 645 milhões.

Edenilson Dorigoni será o novo CEO global, com Paulo Andrade dirigindo a operação brasileira. A equipe da Hillandale manterá parte do management, visando integrar culturas e expertise.

A Global Eggs tinha interesse no mercado americano há três anos, buscando a oportunidade ideal. A Hillandale, quinta maior produtora de ovos dos EUA, possui 19 milhões de galinhas e 8% de participação de mercado, com forte presença na região nordeste.

A transação gerou grande interesse, especialmente devido ao surto de febre aviária no Hemisfério Norte, mas Faria confirmou que não precisou aumentar a oferta. Ele destacou que suas preocupações não estão com o preço atual do ovo, mas sim com a demanda constante.

A proporção de galinhas criadas soltas será uma prioridade, buscando atingir 70% galinhas soltas e 30% convencionais, sem deixar de atender clientes de baixa renda.

O mercado de ovos nos EUA está em expansão, com a Global Eggs posicionando-se para uma operação próxima de investidores americanos para possíveis IPO. Contudo, Faria acredita que o IPO não será uma prioridade no curto prazo, já que a aquisição já adianta o crescimento em três anos.

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