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A Índia era a alternativa econômica à China, mas Trump deu fim a isso

Tarifas de 50% impostas pelos EUA criam incertezas para a Índia, desestabilizando sua estratégia de atração de investimentos. O cenário econômico alterado força Nova Délhi a considerar uma aproximação com a China, levantando preocupações sobre a dependência crescente.

Tarifas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump criam uma guerra econômica contra a Índia, afetando investimentos de empresas americanas. A estratégia indiana China Plus One, proposta como alternativa às fábricas chinesas, está em risco.

Após a imposição das tarifas, autoridades em Nova Délhi tentam entender a nova realidade, evidenciada pela visita do primeiro-ministro Narendra Modi à China, o que marca o primeiro encontro em sete anos.

A estratégia China Plus One era crucial para a ambição da Índia de se tornar uma potência industrial. Rupturas nas cadeias de suprimentos já ocorrem, tornando a Índia menos atrativa para importadores americanos.

Uma recente decisão judicial nos EUA não resolveu a ruptura. Economistas indianos alertam que a situação poderá reduzir o crescimento das exportações e dificultar investimentos. A Índia aspira ser uma das três maiores economias, atualmente ocupando a quinta posição.

Relações complexas entre Índia e China, com tensões nas fronteiras do Himalaia, agravam o cenário. A China, que já criou vulnerabilidades para a Índia no setor industrial, intensifica sua influência econômica.

Empresários indianos manifestam choque e descontentamento com a situação, buscando alternativas no mercado global. Apesar de esforços do governo indiano para apoio financeiro, muitos enfrentam decisões difíceis.

Modi se encontra sob pressão, enquanto a competição entre os dois países se intensifica. Sem acordos conjuntos na visita a Tianjin, o comércio bilateral continua incerto. A China busca investir na Índia, enquanto o país precisa de novas entradas de divisas.

Com Trump descartando a Índia, o país enfrenta um dilema em suas relações comerciais, na busca por um equilíbrio entre suas dependências de China e Estados Unidos.

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