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A "internacional de extrema direita" e o cenário político brasileiro

Fernando Abrucio analisa a ascensão da extrema-direita populista e seus impactos na democracia brasileira contemporânea. O cientista político ressalta a dificuldade do governo Lula em lidar com a fragmentação política e a oposição bolsonarista, em um cenário de instabilidade institucional.

Fernando Abrucio, professor da FGV-EAESP, analisa a atual “Internacional da extrema-direita populista”, destacando líderes como Donald Trump e Viktor Orban.

Essa movimentação busca enfraquecer instituições democráticas por métodos menos tradicionais. Abrucio reflete sobre a democracia brasileira entre 1988 e 2013, período considerado estável, com um Executivo forte e um Congresso participativo, apesar dos conflitos entre PSDB e PT.

Após 2013, a fragmentação política e a crise global afetaram o Brasil, culminando na eleição de Jair Bolsonaro em 2018. Abrucio observa uma instabilidade política desde então, destacando o risco de golpe durante a transição para o governo Lula.

A vitória de Lula em 2022 foi crucial para a democracia, porém, há significativas dificuldades pela falta de um consenso político. O governo Lula enfrenta desafios para reconstruir instituições e promover novas agendas, em um contexto de resistência bolsonarista.

Abrucio também sugere que a direita moderada está fragilizada, enquanto a oposição bolsonarista se fortalece. O futuro político pode incluir o apoio de Bolsonaro a uma candidatura de seu clã, com a democracia brasileira ainda em risco.

A coluna foi publicada pelo Broadcast em 6/8/2025.

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