A lição de casa da Grécia para escapar do colapso econômico e os desafios para os próximos anos
A Grécia passou de uma grave crise econômica para uma recuperação notável na última década, mas ainda enfrenta desafios significativos. O país busca fortalecer sua economia e produtividade, apesar de avanços nas reformas e inovações.
Grécia em Julho de 2015: O país enfrenta uma crise econômica durante a alta temporada de turismo, com riscos de saída da zona do euro e calote da dívida.
A economia caiu 26% entre 2008 e 2012, e o desemprego atingiu 28%.
Recuperação: Dez anos depois, a Grécia apresenta boas decisões econômicas. Abandonou o programa de socorro e manteve a disciplina fiscal, crescendo mais que várias economias globais.
Em 2015, após um flerte com o calote, o premiê Alexis Tsipras recuou, e a saída do ministro Yanis Varoufakis permitiu reformas que mudaram o destino do país.
A economia se estabilizou e voltou aos mercados internacionais em 2017 após seguir os termos do terceiro socorro.
Crescimento Rápido: Com a centro-direita no poder desde 2019, a Grécia registra um superávit primário de 4,8% e uma queda acelerada da dívida pública.
O governo reduziu a burocracia e investiu na digitalização, coibindo a evasão fiscal e reformando o setor bancário.
A aposta em inovação resultou em um setor de tecnologia em crescimento, com destaque para a transformação impulsionada pela crise.
Desafios Atuais: O PIB per capita da Grécia é de apenas 70% da média da UE, e a taxa de investimento permanece abaixo de 15%.
Ainda dependente de turismo e imóveis, a Grécia enfrenta desafios com o projeto da Microsoft e reformas consideradas “passos de bebê” em áreas críticas como educação e justiça.
Segundo o ex-ministro George Chouliarakis, “é necessário crescer 1% acima da UE por 15 anos para recuperar os níveis de 2007”.