A luta de mulheres para esclarecer esquema de adoções em hospital de São Paulo: 'Meu maior desejo é conhecer minhas origens'
Alessandra Iacchetti descobre que foi adotada após a revelação de uma desconhecida. Agora, ela enfrenta a luta para desvendar sua verdadeira história em meio a um emaranhado de registros desaparecidos e possíveis adoções irregulares.
Alessandra Iacchetti, aos 16 anos, perdeu ambos os pais em um curto espaço de tempo e, enquanto lidava com o luto, recebeu uma surpreendente ligação de Elza, uma mulher que revelou que Alessandra era adotada.
Elza contou que a mãe biológica, Maria, deu Alessandra, de forma informal e ilegal, para sua mãe adotiva após um contato no Hospital Sorocabana.
O hospital, que enfrentou muitos problemas administrativos e fechou em 2010, reabriu parcialmente em 2020. Alessandra buscou seus documentos, mas não encontrou informações claras devido à situação caótica do hospital.
Após tentativas frustradas de acessar os arquivos, Alessandra começou a compartilhar sua história online, onde conheceu Eliane, que também se viu em uma situação similar relacionada ao Sorocabana.
Ambas tentaram verificar se eram irmãs, baseando-se nos relatos de suas mães biológicas, mas incertezas e o desaparecimento de documentos do hospital dificultaram a busca.
Outro caso semelhante é o de Clara Picco, que foi adotada de forma irregular, e Adriane Gonçalves, que também viveu dificuldades para descobrir suas origens.
Essas histórias levantam a possibilidade de um esquema paralelo de adoções que pode ter ocorrido no Hospital Sorocabana, onde muitos adotados enfrentam a mesma luta por respostas.