A luta por redução da jornada e o tempo de descanso continua atual
No Dia Internacional dos Trabalhadores, a luta pela redução da jornada continua urgente no Brasil, com quase metade da classe trabalhadora enfrentando longas horas de trabalho. O movimento VAT destaca a necessidade de redistribuição do tempo laboral para equilibrar trabalho e vida pessoal.
O Dia Internacional dos Trabalhadores tem origem nos protestos de Chicago em 1886, onde se buscava a redução da jornada de trabalho para 8 horas. Este tema é central na história do movimento trabalhista e abrange:
- Redução
- Distribuição do tempo de trabalho
- Diminuição do ritmo de trabalho
No Brasil, a jornada de trabalho é extensa, com a última redução ocorrendo em 1988, limitando a carga a 44 horas semanais e 8 horas diárias. Atualmente, a média semanal é de 41h30, mas 47% da classe trabalhadora faz mais de 40 horas, e 13,5% trabalha 48 horas ou mais (PnadC/IBGE, 2024). Longas jornadas limitam o tempo social e aumentam riscos de acidentes e doenças.
Enquanto muitos enfrentam jornadas longas, 4,9 milhões estão subocupados e 18 milhões estão em situação de subutilização (incluindo desempregados e desalentados). O progresso técnico permite a redução da jornada, o que poderia criar até 3,6 milhões de novas vagas no mercado formal.
A reforma trabalhista de 2017 aumentou a precarização na distribuição do tempo de trabalho, ampliando jornadas 12x36 e incentivando o trabalho intermitente. Isso dificultou negociações coletivas, levando a um aumento da exploração.
No final de 2024, o movimento VAT (Vida Além do Trabalho) se destacou, propondo o fim da escala 6x1, fortalecendo o debate sobre a redistribuição da jornada. O tema da jornada continua atual, com foco na redução e redistribuição do tempo de trabalho, sendo destaque neste 1º de Maio nas centrais sindicais.