A mãe do fiscal não parava de enriquecer. O caso do MP-SP contra Ultrafarma e Fast Shop
Empresário Sidney Oliveira, da Ultrafarma, é preso em operação que investiga corrupção e sonegação fiscal. A operação envolve auditores fiscais e busca apurar um esquema de ressarcimento de impostos com pagamentos bilionários.
Sidney Oliveira, empresário da Ultrafarma, foi preso temporariamente na Operação Ícaro, que investiga um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais em São Paulo. A operação, liderada pelo Ministério Público de São Paulo, está também vinculado a outros varejistas além da Ultrafarma e da Fast Shop.
Oliveira e mais três indivíduos, incluindo um auditor fiscal identificado como Arthur Gomes da Silva Neto, estão sendo acusados de facilitar a liberação de créditos tributários por meio de pagamentos bilionários. As investigações, iniciadas em maio, revelaram 19 mandados de busca e apreensão e quatro prisões.
Os promotores alegam que Silva Neto, o "cérebro" do esquema, acelerava o ressarcimento de créditos de ICMS de forma irregular, muitas vezes acessando dados confidenciais das empresas. O estopim da investigação foi a evolução patrimonial da mãe de Silva Neto, cujos ativos passaram de R$ 411 mil para R$ 2 bilhões em poucos anos.
Descobertas incluem a apreensão de bens como joias e mais de R$ 1 milhão em espécie. Apesar dos pedidos de entrevista, Fast Shop e Ultrafarma não se manifestaram. A Secretaria da Fazenda anunciou que está colaborando com a investigação.