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A mãe que passou 44 anos procurando filha sequestrada - e a encontrou do outro lado do mundo

Han Tae-soon enfrenta um processo contra o governo sul-coreano após 44 anos de busca por sua filha sequestrada em 1975. A investigação revela um histórico de adoções ilegais e violações de direitos humanos no controverso programa de adoção internacional da Coreia do Sul.

Han Tae-soonKyung-ha, que desapareceu em maio de 1975 em Seul.

Após 44 anos sem contato, encontraram Kyung-ha, agora chamada Laurie Bender, nos Estados Unidos. Ela foi sequestrada e enviada para um orfanato antes de ser adotada ilegalmente.

Han processa o governo sul-coreano, alegando que não impediu a adoção de sua filha. Este é um caso emblemático em uma série de alegações de adoções ilegais e tráfico de pessoas no controverso programa de adoção internacional da Coreia do Sul.

Desde a década de 1950, entre 170 mil e 200 mil crianças coreanas foram adotadas no exterior, muitas com documentos falsificados. Uma investigação histórica de março revelou que governos sucessivos violaram direitos humanos ao falharem na supervisão do programa, permitindo que agências *privadas* "exportassem em massa" crianças.

O caso de Han é o primeiro a reivindicar indenização do governo por um parente biológico. O governo se mostrou solidário, mas sem pedir desculpas. Han expressa sua dor contínua após anos de busca sem sucesso.

Após se inscrever no grupo 325 Kamra, Han confirmou ligações de DNA com Laurie, resultando em um emocionante encontro no aeroporto de Seul. Ambas refletem sobre o impacto emocional da separação e as mentiras em torno da adoção.

O programa de adoção internacional começou após a guerra da Coreia e cresceu em metade do século XX, sendo criticado por práticas de sequestro e falta de supervisão. Documentos apontam que agências lucraram com adoções sem consentimento adequado.

A atual administração das agências permanece em silêncio, e o governo reconhece a necessidade de reformas, mas a batalha pela justiça continua.

A relação contínua entre Han e Kyung-ha é dificultada pela barreira linguística e distância física, mas ambas buscam manter a conexão após uma vida inteira separadas.

Han conclui que, mesmo reencontrando sua filha, não existe dinheiro que compense a dor e os anos perdidos.

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