A marca que recebe reclamações por anúncios com modelos 'gordas demais'
A marca Snag enfrenta críticas intensas sobre a representação de modelos de tamanho maior em seus anúncios, destacando um debate mais amplo sobre gordofobia e padrões de beleza. Enquanto a executiva Brigitte Read defende a inclusão, muitos consumidores questionam a normalização de corpos considerados obesos.
Snag enfrenta críticas sobre modelos "gordas demais"
A líder da marca online de roupas Snag, Brigitte Read, relatou à BBC que recebe mais de 100 reclamações diárias sobre o peso das modelos em seus anúncios. Ela defende que a vergonha e a discriminação não ajudam pessoas gordas.
Recentemente, houve um debate no Reino Unido sobre anúncios que apresentam modelos considerados "gordos insalubres", após um anúncio da marca Next ser banido por mostrar uma modelo "magra insalubre". A Advertising Standards Authority (ASA) proibiu anúncios com modelos abaixo do peso, mas não investigou nenhuma reclamação sobre a Snag.
Catherine Thom, de Edimburgo, criticou a hipocrisia de proibir modelos magras enquanto modelos obesas recebem positividade corporal, destacando que ambos os extremos são prejudiciais.
Read, no entanto, afirma que modelos de todos os tamanhos devem ser representados, e que 12 de seus 100 funcionários se dedicam a eliminar comentários negativos e promover a positividade corporal.
Sophie Scott, uma modelo da Snag, relatou receber tanto elogios quanto críticas, ressaltando que a boa forma não deve ser medida pela aparência. Ela acredita que seu trabalho inspira outras pessoas a se aceitarem como são.
Victoria Moss, jornalista de moda, apontou que o debate reflete a dificuldade da sociedade em aceitar corpos maiores em publicidade, enquanto Jess Tye, da ASA, afirmou que investigações dependem do contexto social e da mensagem transmitida nos anúncios.