'A monogamia tem um objetivo econômico. Sem ela, não dedicaríamos tempo suficiente ao trabalho'
Darío Sztajnszrajber explora a complexidade do amor em seu novo livro, desafiando ideias tradicionais e propondo uma desconstrução do que entendemos por amor. A obra examina desde as ilusões do ideal romântico até as dinâmicas do poliamor.
Grupo de amigos debate amor, inspirado pelo mito dos andróginos de Platão, onde seres compostos por duas pessoas foram divididos pelos deuses, gerando a busca pela "metade perdida".
No centro da conversa, o livro El amor es imposible do filósofo argentino Darío Sztajnszrajber, que explora a complexidade do amor em oito teses filosóficas.
Com uma capa ilustrada por Cupido abatido, o autor questiona se o amor realmente morreu ou se é apenas "impossível", refletindo sobre:
- A origem de sua pesquisa: Cursos sobre "Filosofia do Amor" durante a pandemia despertaram seu interesse pelo tema.
- A desilusão amorosa: O amor é muitas vezes visto como a busca pela "metade" que traz completa realização, mas o autor argumenta que essa ideia gera frustração.
- A questão da monogamia: Sztajnszrajber destaca que a monogamia é uma estrutura social essencial, mas que pode limitar a liberdade afetiva.
- A diferença entre amor e amizade: Ele propõe que o amor poderia aprender com a amizade, que não é institucionalizada e permite um maior espaço para a liberdade.
Para o autor, a desilusão amorosa faz parte do processo, o que leva à aceitação de que o amor é finito e contingente.
Ele convida à reflexão sobre como o amor desafia nosso entendimento e a importância de desconstruir a concepção hegemônica do amor, que muitas vezes foca no eu, em vez de no outro.
No final, suas reflexões ressaltam que amores impossíveis são, na verdade, o que dá sentido à nossa busca constante por conexões significativas.