‘A mudança é inevitável, mas o tipo de mudança é o que importa’, diz Karenna Gore
Karenna Gore lidera iniciativas inter-religiosas e éticas para enfrentar a crise climática durante a COP30. Com um foco na justiça social e na espiritualidade, ela busca unir vozes diversas em um esforço global para a mudança positiva.
Karenna Gore, advogada e ativista, está na vanguarda do movimento que articula espiritualidade e clima para a COP30. Ela acredita que “o tipo de mudança” que se faz é crucial, buscando transformar destruição em esperança.
Nascida em Nashville e filha do ex-vice-presidente Al Gore, ela cresceu influenciada pelo movimento pelos direitos civis. Karenna assume que a norma legal muitas vezes é injusta, fazendo um paralelo entre as injustiças do passado e a crise climática atual.
Há dez anos, fundou o Center for Earth Ethics em Nova York e foi convidada por Marina Silva para coordenar o Balanço Ético Global para a COP30. Ela estará no Brasil a partir de terça-feira, participando de uma celebração inter-religiosa em Brasília.
Na entrevista ao Valor, Karenna compartilha sua trajetória, como sua formação em ética lhe deu uma nova perspectiva sobre a luta climática. Destaca sua conexão com tradições espirituais e o papel central das vozes indígenas nas discussões sobre o clima.
Ela menciona que clima e ética andam de mãos dadas, onde o sentido de certo e errado pode guiar ações. Karenna observa a desinformação sobre a crise climática e a necessidade de um diálogo mais profundo e inclusivo, que escute as vozes de futuras gerações e da life não humana.
Ela vê a COP30 como uma chance épica de mudança e reforça que a mudança é inevitável, mas a direção que tomamos é vital. Conclui dizendo que precisamos de uma relação respeitosa com nosso planeta, garantindo um futuro sustentável e justo.