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A onda de prisões e execuções que o Irã promove na esteira do conflito com Israel

Irã intensifica repressão após conflitos com Israel, resultando em prisões em massa e execuções. Autoridades buscam silenciar dissidentes e controlar a informação em meio a temores de uma nova onda de violência política.

Autoridades iranianas realizam onda de prisões e execuções de suspeitos com ligações a agências de inteligência israelenses, após a recente guerra entre os dois países.

Descrevendo uma infiltração sem precedentes de agentes israelenses nos serviços de segurança iranianos, as autoridades acreditam que informações fornecidas a Israel contribuíram para assassinatos seletivos de comandantes e cientistas nucleares, atribuídos ao Mossad.

Em uma resposta feroz, três pessoas foram executadas sob acusação de espionagem para Israel, logo após o cessar-fogo, com mais prisões de centenas de suspeitos em todo o país. Há temor de que essas ações sejam utilizadas para silenciar a dissidência.

O Ministério da Inteligência do Irã anunciou uma "batalha implacável" contra as redes de espionagem ocidentais e israelenses, com mais de 700 indivíduos presos em 12 dias. Mensagens de texto de advertência foram enviadas a iranianos, alertando sobre ligações com Israel.

A pressão sobre jornalistas, especialmente os da BBC Persian e outras emissoras, aumentou. Relatos indicam ameaças às famílias e detenção de parentes de jornalistas para forçá-los a desistir de suas funções.

A repressão se estende a ativistas, escritores e artistas, com prisões sem acusações formais, além de restrições severas ao acesso à internet e bloqueio de redes sociais.

Analistas temem que as atuais ações de repressão sejam comparáveis à brutalidade dos anos 1980, com possíveis prisões em massa e execuções, refletindo o histórico do governo iraniano durante períodos de crise.

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