A tecnologia que faz o Vaticano lucrar com imóveis — e que agora está sob comando do papa Leão XIV
Vaticano adota tecnologia avançada para otimizar gestão imobiliária e aumentar receitas. Novo regulamento de locação promete maior eficiência na ocupação de imóveis e redução da vacância.
O papa Leão XIV herda uma nova tecnologia que tem ajudado o Vaticano a aumentar seus lucros com a gestão imobiliária.
Desenvolvida durante o papado do papa Francisco, a ferramenta visa reduzir a vacância dos imóveis, promovendo maior geração de receita.
Desde sua chegada em 2013, o papa Francisco introduziu melhorias na transparência financeira da Igreja. No seu primeiro ano, o Banco do Vaticano começou a publicar relatórios sobre a gestão de receitas.
Em 2023, a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA) divulgou um lucro de 45,9 milhões de euros (R$ 252,45 milhões), com 7,9 milhões de euros (R$ 43,45 milhões) destinados ao patrimônio. Uma das principais fontes de receita é a gestão imobiliária, que foi otimizada.
A APSA administra mais de cinco mil imóveis, com 4.249 unidades na Itália (92% em Roma). As propriedades na capital estão distribuídas em:
- 64% nos bairros centrais
- 19% em bairros vizinhos
- 17% em áreas periféricas
Cerca de 1.200 propriedades estão sob gestão em Londres, Paris, Genebra e Itália.
A APSA tem acelerado a realocação de imóveis desocupados com ferramentas tecnológicas atualizadas e parcerias com profissionais do setor. O foco é minimizar a vacância e maximizar a receita.
Um novo programa, “Regulamento de Locação”, redefiniu responsabilidades entre locatários e proprietários. O valor justo dos imóveis agora é calculado com um algoritmo revisado, tornando as avaliações mais precisas. A distribuição de preços de locação é:
- 19,2% a preços de mercado
- 10,4% a preços subsidiados
- 70,4% com aluguel zero
O valor dos imóveis é determinado conforme a norma IFRS 13, utilizando análises internas e avaliações externas, sem especificar o algoritmo exato adotado.