A tensão do brasileiro que espera ajuda para sair do Irã: 'Cada dia mais arriscado ficar aqui'
Treinador brasileiro vive situação de insegurança no Irã enquanto aguarda evacuação. Grupo de compatriotas busca apoio da embaixada em meio ao conflito em andamento.
Antônio Guerra Peixe, brasileiro de 68 anos, chegou ao Irã em abril para treinar a federação de handebol de areia, e foi pego de surpresa pelo início do conflito entre Israel e Irã.
Contrariando suas expectativas, ele se encontra em um hotel, após um cancelamento de voo por conta de uma explosão ouviu no aeroporto de Teerã. Atualmente, Antônio faz parte de um grupo de brasileiros que espera ajuda da embaixada do Brasil para serem evacuados, enquanto a guerra continua.
Os números indicam que há entre 50 e 200 brasileiros no Irã, com cerca de dez pedidos de repatriação feitos à embaixada, que avalia opções para transporte, especialmente pela fronteira do Azerbaijão.
Antônio está seguro no hotel, mas deseja deixar o país rapidamente. Ele reporta que a situação em Teerã é tensa, com bombardeios frequentes e um aumento no número de mortos, que já chega a 580 segundo a ONG Human Rights Activists.
O ambiente ao redor é desolador; o hotel onde se hospeda praticamente vazio, com escassez de alimentos começando a aparecer. Em caso de emergência, há um espaço subterrâneo para refugiar-se.
Embora a eletricidade e água estejam funcionando, muitos moradores deixaram a capital, resultando em ruas vazias e escassez de produtos em alguns supermercados. Antônio menciona que prefere evitar notícias conflitantes que só aumentam sua ansiedade.