A tensão dos brasileiros que esperam ajuda para sair do Irã
Treinador brasileiro enfrenta incerteza e riscos no Irã enquanto aguarda repatriação. Em meio a bombardeios e restrições, ele vive a expectativa de deixar o país em conflito.
Antônio Guerra Peixe, treinador brasileiro de handebol de areia, chegou ao Irã em abril e foi pego de surpresa pelo início do conflito com Israel.
Enquanto aguardava no aeroporto de Teerã, escutou uma explosão e viu seu voo ser cancelado. Atualmente, ele está em um hotel, aguardando repatriação.
A embaixada brasileira no Irã informa que há entre 50 a 200 brasileiros no país, incluindo atletas e turistas. Até agora, cerca de dez solicitaram ajuda para retornar ao Brasil.
Segundo Felipe Flores Pinto, da embaixada, a opção mais viável de saída seria pela fronteira do Azerbaijão.
Antônio, que se sente seguro no hotel, relata que a situação está se tornando arriscada e que a logística para repatriação é complicada.
Teerã e outras cidades têm sofrido bombardeios, com mais de 580 mortos desde o início do conflito, de acordo com a ONG Human Rights Activists.
O hotel em que Antônio está conta com um abrigo subterrâneo, e embora a comida ainda esteja disponível, o café da manhã já apresenta reduções nas opções.
Ele observa poucos comércios abertos e afirma que serviços essenciais, como eletricidade e água, continuam funcionando.
Antônio prefere evitar notícias, pois a contrainformação é prevalente e muitos pedem para que ele deixe o Irã o mais rápido possível.