A última fronteira: como o Alasca simboliza a rivalidade e a proximidade entre Rússia e EUA
A recente declaração de Trump sobre se reunir com Putin no Alasca provoca reflexões sobre a história do território e sua importância estratégica. O episódio relembra a venda do Alasca em 1867 e sua evolução de um estorvo para um ativo vital nas relações entre Rússia e Estados Unidos.
Trump confunde Alasca com Rússia
Em 11 de setembro, Donald Trump mencionou a intenção de se reunir com Vladimir Putin na Rússia, gerando reações sobre a confusão, já que o Alasca é um Estado americano.
No século 19, a formulação teria sido válida, pois o Alasca era parte da Rússia Imperial. O território tinha pouca importância econômica e seus habitantes sobreviviam de um comércio decadente.
Após a Guerra da Crimeia (1853-1856), Alexandre II decidiu vender o Alasca, considerando que seria facilmente conquistado pelo Império Britânico. A venda visava fortalecer a economia russa e reduzir a presença europeia na América.
Em 1867, os EUA compraram o Alasca por US$ 7,2 milhões, cerca de US$ 150 milhões hoje. Embora inicialmente depreciado pela mídia, como o New York World, a aquisição foi defendida por William Seward.
O reconhecimento do valor do Alasca veio em 1896, com a descoberta de ouro. Em 1949, o Alasca se tornou o 49.º Estado americano e rapidamente se tornou um símbolo da rivalidade americano-soviética.
Atualmente, o Alasca pode ser reimaginar como um ponto de convergência entre interesses russos e americanos ou continuar como um palco na disputa geopolítica global.