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A Usiminas parece barata. Mas o múltiplo não está baixo à toa

Usiminas enfrenta desafios significativos, incluindo margens reduzidas e importações elevadas, que justificam o valuation baixo. O BTG Pactual mantém recomendação neutra enquanto aguarda sinais de recuperação na rentabilidade.

A Usiminas apresenta múltiplo baixo, com price to book de 0,2x, um dos menores no setor siderúrgico global.

Entretanto, pressões setoriais e microeconômicas explicam esse valuation depreciado, segundo o BTG Pactual, que mantém recomendação ‘neutra’ para a ação.

O analista Leonardo Correa destacou que a empresa enfrenta:

  • Preços baixos da China
  • Importações excessivas no Brasil
  • Deflação no preço do aço nacional
  • Necessidades estruturais de investimento

Como resultado, a margem EBITDA da vertical de aço caiu para 5%, insuficiente para dividendos e buybacks.

O BTG ressalta a ineficácia do novo sistema de cotas de importação de aço, com 24% da demanda total provisão de importações.

Embora a Usiminas esteja reduzindo custos, o analista mostra dúvidas sobre a recuperação das margens devido à baixa visibilidade dos resultados.

A companhia também enfrenta o desafio de executar um plano robusto de capex em um ambiente desfavorável, mantendo um investimento anual de R$ 1 bi e um anúncio recente de R$ 1,7 bi para modernização em Ipatinga.

O objetivo é aumentar a produção interna de coque, mas isso pode limitar a geração de fluxo de caixa livre.

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