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A verdade é que o Brasil abusa um pouco das barreiras comerciais, diz economista do Goldman Sachs

Alberto Ramos critica a falta de competência do Brasil nas negociações comerciais com os EUA, especialmente após as tarifas de Donald Trump. Ele acredita que o impacto econômico das tarifas será limitado, mas alerta para a necessidade de abrir o mercado interno para preservá-lo.

Alberto Ramos, diretor de pesquisa macroeconômica para a América Latina do Goldman Sachs, critica a negociação comercial do Brasil com os Estados Unidos após o “tarifaço” de Donald Trump.

Ele destaca que o Brasil é uma economia protegida, com tarifas elevadas, e que os EUA esperam reciprocidade e abertura de mercado. Ramos projeta um crescimento do PIB brasileiro de 2,3% para este ano, com juros mantendo-se em 15% ao ano até 2026.

Ramos afirma que o impacto do tarifaço na economia brasileira será limitado, possivelmente em torno de 0,2% do PIB. Ele menciona a adaptação das empresas e a intenção do governo de apoiar setores afetados.

O especialista ressalta que a falta de negociação é uma preocupação, além dos efeitos de tarifas altas em um mercado com poucas exportações para os EUA. A situação fiscal do Brasil é alarmante, com dívida pública crescente e metas fiscais frouxas.

No contexto eleitoral, a expectativa é que o governo não tome medidas para ajustar os problemas fiscais, o que pode resultar em custos maiores no futuro. Ramos finaliza destacando os riscos associados à gestão fiscal atual e a capacidade do Banco Central de lidar com esses desafios.

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