Abin paralela pode ter monitorado por engano homônimo de Alexandre de Moraes, afirma PF
Relatório da Polícia Federal revela que a Abin paralela pode ter monitorado, por engano, um homônimo do ministro do STF Alexandre de Moraes. A investigação levanta questões sobre o uso indevido da estrutura de inteligência e envolve 36 indiciados em esquemas ilegais.
Relatório da Polícia Federal revela que a Abin paralela pode ter monitorado erroneamente um homônimo do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O documento, com sigilo retirado em 18 de outubro, aponta que “sistemas ilegítimos de consulta” causaram associações equivocadas de números de telefone. A pesquisa no sistema First Mile por ‘homônimo’ pode ter sido um erro.
Foi registrado um levantamento sobre uma pessoa chamada Alexandre de Moraes Soares, sem justificativa, com três pesquisas feitas em 18/05/2019. O homônimo reside em São Paulo.
A consulta aconteceu durante a instauração do inquérito “das fake news”, em março de 2019, realizada por Thiago Gomes Quinalia, agente de inteligência. Ele foi designado para o posto de auxiliar de adido na França, mas não voltou e abandonou o serviço.
No dia 17 de outubro, a PF indiciou 36 pessoas por envolvimento em esquema de uso ilegal da estrutura da Abin com fins políticos e partidários, durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
Entre os indiciados estão o vereador Carlos Bolsonaro e o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem. Carlos não foi incluído na lista por já responder a crime por integrar organização criminosa em outra ação penal.