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Abusos sexuais na Igreja estão presentes na agenda do conclave após décadas de silêncio

Igreja Católica coloca o combate aos abusos sexuais no centro da eleição do novo papa. A pressão por maior transparência e medidas efetivas se intensifica entre cardeais e ativistas.

Abusos sexuais na Igreja Católica são foco central às vésperas do conclave que elegerá o novo papa, após a morte do papa Francisco em 21 de abril.

Francisco, primeiro pontífice sul-americano, implementou a diretriz “Vos Estis Lux Mundi”, obrigando a comunicação de suspeitas de agressões e tentando combater encobrimentos. O Vaticano apontou os temas de evangelização, diálogo inter-religioso e abuso como urgentíssimos.

Os cardeais concordam que o próximo papa deve priorizar o combate à crise de abuso. Anne Barrett Doyle, da ONG Bishop Accountability, destacou a importância de proteger crianças nas diversas instituições da Igreja. Desde 2013, revelações de abusos impactaram profundamente a Igreja.

Em 2018, um momento de virada ocorreu quando Francisco reconheceu graves erros em sua defesa de um bispo no Chile. Ele posteriormente forçou a renúncia de todos os bispos chilenos envolvidos.

Em 2019, o papa eliminou o sigilo pontifício sobre abusos, permitindo que denúncias e documentos fossem entregues à Justiça civil. Contudo, as vítimas criticam a falta de obrigação para que o clero denuncie crimes.

Doyle exigiu ações concretas do próximo papa, incluindo a divulgação dos nomes de sacerdotes culpados e a promulgação de leis que retirem abusadores do ministério permanentemente. Grupos como a Snap e a Bishop Accountability estão atentos à escolha do novo papa.

A Snap lançou o site ConclaveWatch.org para examinar os históricos dos cardeais em casos de abuso. Doyle enfatizou: “Não podemos nos permitir um quarto papa que encubra abusos”.

*Com informações da AFP
Publicado por Sarah Paula

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