Academia policial de SC capacitará agentes com hologramas

A Academia de Polícia Civil de SC (Santa Catarina) implementará uma tecnologia de realidade imersiva com drones para capacitação de agentes de nível básico.

A tecnologia combina óculos de realidade virtual, localizações escaneadas e armas com disparos físicos.

O programa deve ser integrado nos próximos 3 meses, após a finalização do software.

Alexandre Vasques, ex-head de inovação da Microsoft Latam, lidera o desenvolvimento do programa e acredita que IA e outras tecnologias podem otimizar a capacitação e reduzir custos.

As simulações adaptáveis, com cenários escaneados por drones, aproximam os policiais da realidade do trabalho após o treinamento.

A parceria com a Hololab, iniciada em 2020, visa substituir alvos de papel e é parte do “projeto piloto” na segurança pública.

O uso de hologramas nas simulações proporciona métricas de desempenho dos trainees.

Inspirados por incidentes em escolas, os hologramas refletem situações reais.

Júlio Saldanha, instrutor da Academia, ressaltou que a tecnologia imersiva adiciona um fator de estresse ao treinamento, muitas vezes ausente.

Vasques afirmou que a realidade imersiva pode cortar custos e melhorar treinamentos de forças policiais com orçamentos reduzidos.

O último ajuste necessário envolve o geoposicionamento da arma virtual.

Saldanha considera que 10 dispositivos é o número ideal para uma turma de delegados iniciantes.

Cada kit custa cerca de R$ 5.000, somando R$ 50 mil se mais academias adotarem a tecnologia.

Vasques e Saldanha almejam expandir o projeto para outros Estados, dependendo do interesse das academias e de incentivos.

Vasques menciona estar no evento em busca de apoio do Ministério da Justiça para padronização no Brasil.