Açaí, tucupi e maniçoba são vetados na COP30 por risco sanitário, diz edital
Vetados ícones da culinária amazônica, a inclusão de alimentos locais em cardápios da COP30 deve priorizar segurança alimentar. Além disso, normas rigorosas serão exigidas para garantir a saúde dos participantes e a sustentabilidade das opções oferecidas.
Exclusão de pratos típicos da COP30: Açaí, tucupi e maniçoba não estarão nos cardápios oficiais.
A decisão está prevista no edital da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), responsável pela alimentação do evento em Belém, em novembro, conforme o jornal Folha de S. Paulo.
Justificativa sanitária: O açaí pode conter o protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, se não pasteurizado. Isto se aplica a todos os tipos de açaí.
Tucupi e maniçoba: Podem apresentar toxinas, como ácido cianídrico, se não preparados corretamente. A maniçoba necessita de até sete dias de cozimento e o tucupi exige fermentação e fervura prolongada.
Outras proibições:
- Ostras cruas e carnes malpassadas;
- Maionese caseira, sucos in natura, molhos não industrializados;
- Doces com ovos ou cremes fora de refrigeração;
- Produtos artesanais sem rotulagem, leite cru, gelo não industrializado.
O edital alerta que o descumprimento das normas pode resultar na substituição de itens.
As regras se aplicam a 87 estabelecimentos durante a COP30, sendo 50 na Blue Zone e 37 na Green Zone.
Critérios de seleção: Até 30% dos ingredientes devem ser locais ou sazonais, priorizando alimentos orgânicos e sustentáveis. Além disso, opções veganas, vegetarianas, sem glúten e sem lactose devem ser oferecidas a preços acessíveis.
As cozinhas foram organizadas em temas, incluindo VIP Internacional, Brasileira Regional, Italiana, Vegana/Vegetariana e Pan-Americana.