Ação da Nike recua a mínima em cinco anos com previsão de queda nas vendas
As ações da Nike enfrentam uma queda acentuada após previsão de vendas fracas e desafios no mercado chinês. O novo presidente da empresa, Elliott Hill, enfrenta críticas sobre a eficácia da sua estratégia "Win Now" para revitalizar a marca.
Ações da Nike caem mais de 9% nesta sexta-feira, atingindo seu menor patamar desde a pandemia.
A queda foi impulsionada por um alerta de outro trimestre de queda nas vendas, levantando preocupações sobre a velocidade do “turnaround” sob o novo presidente Elliott Hill.
Na quinta-feira, a Nike previu uma queda acentuada na receita do quarto trimestre e relatou um declínio de 17% nas vendas trimestrais na China, devido à diminuição dos gastos discricionários.
Hill, que assumiu em outubro, apresentou a estratégia “Win Now”, visando aumentar a presença em cidades importantes como Xangai e Pequim.
Jay Woods, estrategista da Freedom Capital Markets, disse: “O plano está aí, mas eles ainda não estão vendo resultados”.
O diretor financeiro, Matthew Friend, afirmou que limpar o estoque antigo levará “vários trimestres”, impactando as margens com descontos.
As ações chegaram a US$65,17 no início do pregão, com o valor de mercado caindo abaixo de US$100 bilhões pela primeira vez desde março de 2020.
Os papéis perderam 5% até o momento em 2024, após uma queda de 30% no ano anterior.
Executivos destacaram a necessidade de acelerar o ritmo na China, um mercado em crescimento que tem impactado as vendas há mais de dois anos.
Analistas do Barclays preveem que o “turnaround” da Nike não ocorrerá antes da segunda metade do ano fiscal, que termina em maio de 2026.