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'Acho que vai acontecer', diz Trump sobre EUA anexarem Groenlândia

Setores da Groenlândia reagem com descontentamento às afirmações de Trump, reafirmando seu desejo por independência e autonomia. A Dinamarca mantém a posição de que o território não está à venda, enquanto tensões geopolíticas aumentam na região do Ártico.

Donald Trump, presidente dos EUA, declarou estar confiante de que o país irá anexar a Groenlândia. A afirmação foi feita durante uma reunião no Salão Oval, na quinta-feira (13).

A declaração vem após as eleições parlamentares na Groenlândia, onde o partido de oposição Demokraatit, que defende a independência em um processo mais lento, venceu. Trump considerou a eleição benéfica para os EUA.

Desde que assumiu em janeiro, Trump tem manifestado interesse em tomar a Groenlândia, alegando que isso é essencial para a segurança de Washington. O líder do Demokraatit, Nielsen, respondeu dizendo: "Não queremos ser americanos. Queremos nossa própria independência no futuro."

A Groenlândia, com uma população de cerca de 57 mil habitantes, é alvo de uma corrida geopolítica pelo domínio do Ártico, especialmente com o derretimento das calotas polares ampliando o acesso a recursos e rotas de navegação. Tanto a Rússia quanto a China têm aumentado suas atividades militares na região.

O governo dinamarquês reiterou que a Groenlândia não está à venda, contrariando o desejo de Trump de comprar o território. A ilha tornou-se parte da Dinamarca em 1953, ganhando autonomia em 1979, mas ainda sob o controle de Copenhague em várias áreas.

Uma pesquisa recente revelou que 85% dos groenlandeses não querem se tornar parte dos EUA e quase metade considera o interesse de Trump uma ameaça.

Antes das eleições, o primeiro-ministro Mute Egede criticou Trump como "imprevisível" e afirmou que ele não respeitou a população da Groenlândia desde seu interesse na ilha, destacando a necessidade de respeito nas relações.

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