Acidente da Voepass faz 1 ano neste sábado ainda sem causa definida
Investigação sobre o acidente ainda avança sem conclusão, enquanto falhas de segurança da Voepass levantam questionamentos sobre a operação da companhia. Um comitê de cooperação é proposto para apoiar familiares das vítimas.
Voo 2283 da Voepass: 1 ano após a queda, que matou 62 pessoas em Vinhedo (SP), ainda não há conclusão sobre a causa do acidente.
Investigações estão a cargo do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Um relatório preliminar sugere que acúmulo de gelo nas asas do ATR 72-500 operado pela Voepass foi a principal hipótese do acidente.
O acidente ocorreu após o avião ter atravessado turbulência com nuvens supercongeladas até -40ºC. O sistema de degelo apresentou problemas, e o co-piloto declarou ter “bastante gelo” no avião antes da queda.
O voo decolou de Cascavel (PR) às 11h56 e caiu às 13h22, logo após a última comunicação com a torre. Os pilotos não declararam emergência previamente.
Um ex-funcionário da Voepass revelou que o avião tinha problemas não registrados no diário técnico, apesar de a companhia afirmar que tudo estava em ordem. A Anac suspendeu operações da Voepass em março e cassou o COA da Passaredo em junho, citando falhas de segurança.
A Comissão Externa da Câmara dos Deputados votará o parecer final sobre o acidente em 13 de agosto de 2025, que critica o treinamento dos pilotos e a atuação da Anac. Um projeto de lei propõe a criação de um comitê de apoio a familiares de vítimas de acidentes aéreos coordenado pela Anac.