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Acionistas do Master vão ter que colocar R$ 2 bi para fechar operação com BRB

BRB condiciona a compra de 58% do Banco Master a um aporte de R$ 2 bilhões pelos sócios atuais. Decisão visa minimizar riscos e fortalecer o patrimônio líquido da instituição, assegurando uma transação menos arriscada em comparação à proposta do BTG.

BRASÍLIA - O BRB, banco estatal do Distrito Federal, condicionou a compra de 58% do Banco Master a uma injeção de R$ 2 bilhões pelos atuais sócios, como parte de suas exigências.

Esse valor é um compromisso com o Banco Central para capitalizar o banco, aumentando seu patrimônio líquido de R$ 4,1 bilhões para R$ 6,1 bilhões. Se forem encontradas inconsistências de R$ 2 bilhões nos ativos, esses recursos serão utilizados para cobrir as perdas.

Uma dúvida persiste: os sócios conseguirão realizar o aporte antes da compra pelo BRB, que estuda um negócio total de R$ 2 bilhões.

Além do aporte, o BRB estipulou outras quatro condições para a conclusão da operação:

  • Conclusão da diligência no balanço do Master;
  • Autorização do Banco Central;
  • Autorização do Cade;
  • Reorganização do Banco Master, excluindo o Master BI e o Voiter.

Analistas têm receios com a carteira de precatórios e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) do Master. O banco adotou uma postura agressiva, comprando esses títulos a desconto, mas contabilizando a valor de face, o que pode causar problemas de liquidez.

Se os sócios honrarem o compromisso, o valor líquido pago pelo BRB ficará próximo de R$ 1 milhão, minimizando o risco de baixa de ativos em comparação com uma proposta anterior do BTG.

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