Ações da Apple caem após CEO da empresa prever custos de US$ 900 milhões por causa das tarifas de Trump
Queda das ações da Apple reflete preocupações com vendas na China e tarifas de importação. Analistas recomendam cautela, citando necessidade de novos produtos e impacto financeiro nas operações da empresa.
Ações da Apple abriram em queda de 4,8% nesta sexta-feira, após divulgação de resultados negativos. Após a abertura, os papéis valiam US$ 203,13.
Preocupação gerada por vendas na China impactou o mercado. O banco Jefferies cortou a nota da Apple, afirmando que “o impacto das tarifas deve se expandir com o tempo”. A corretora Osenblatt Securities rebaixou a recomendação de compra para neutra, destacando a necessidade de um novo produto impactante.
O CEO Tim Cook alertou para possíveis custos de US$ 900 milhões neste trimestre devido a tarifas de importação, ressalvando que não houve antecipação de compras por parte dos consumidores.
Em contraste, o CEO da Amazon, Andy Jassy, notou uma “compra intensificada” de produtos, destacando a incerteza das tarifas, mencionadas 17 vezes na teleconferência de resultados.
A divisão de serviços da Apple enfrenta desafios com decisão judicial recente limitando a cobrança de comissões sobre vendas de apps, e a empresa também pode perder parte dos US$ 20 bilhões pagos pelo Google como mecanismo de busca padrão no Safari, caso haja penalidades antitruste.
A divisão de computação em nuvem da Amazon ficou abaixo das expectativas, e o aumento de preços com tarifas é uma preocupação crescente.
Ambas as empresas estão tomando medidas para reduzir o impacto das tarifas. Cook indicou que a maioria dos iPhones vendidos nos EUA virá da Índia, enquanto a Amazon está “obcecada” em evitar grandes aumentos de preços.
Wall Street se mantém cautelosa. Ben Bajarin alertou que a questão é o que acontece se mais tarifas forem aplicadas. Gil Luria destacou possíveis decepsões sobre margens, o que pode gerar preocupações sobre a absorção de custos pela Amazon.