Ações da Boeing têm forte queda, após China proibir entrega de jatos da companhia
China suspende entregas de jatos da Boeing em resposta a tarifas dos EUA, afetando as ações da fabricante. O movimento pode impulsionar as companhias aéreas a buscarem alternativas, como a Airbus e a COMAC.
Ações da Boeing caem após a China proibir a entrega de jatos da empresa, em resposta a tarifas de 145% impostas pelos Estados Unidos.
A China considera a Boeing um dos seus maiores mercados em crescimento, mas a Airbus mantém posição dominante no país. As ações da Boeing caíam 1,7% por volta das 16h.
Além da suspensão nas entregas, o governo chinês pediu que as companhias aéreas do país também suspendam compras de equipamentos e peças de empresas americanas, o que poderá elevar os custos de manutenção.
O governo chinês está considerando formas de auxiliar as companhias aéreas que alugam jatos da Boeing, que enfrentarão custos aumentados devido às tarifas. As principais companhias aéreas da China planejam receber 179 aeronaves da Boeing até 2027.
Esse embate surge em um momento desafiador para a Boeing, que já enfrenta dificuldades após uma greve trabalhista e a explosão de uma porta de aeronave no ano passado. A empresa perdeu mais de um terço de seu valor desde então.
A decisão da China se alinha com o recente aumento de impostos sobre importações dos EUA, que pode elevar os custos dos jatos Boeing e levar companhias a optarem por alternativas como a Airbus e a COMAC.
Analistas alertam que as tarifas retaliatórias entre as duas maiores economias do mundo podem paralisar o comércio de bens, avaliado em mais de US$ 650 bilhões em 2024.
A Boeing não comentou sobre a situação.