HOME FEEDBACK

Ações da Crocs despencam 30% com demanda menor e fim da moda de sapatos 'feios'

A Crocs enfrenta um grande revés financeiro com quedas acentuadas nas vendas e ações, refletindo a cautela dos consumidores americanos diante da inflação e mudanças nas preferências de moda. A empresa agora busca gerenciar custos e se adaptar a um mercado em declínio, onde apostas em calçados "feios" podem não ser mais suficientes.

Ações da Crocs despencam quase 30% após previsões de vendas decepcionantes

Na teleconferência com analistas, o CEO da Crocs, Andrew Rees, destacou que o consumidor americano está se comportando com cautela em relação a gastos discricionários, enfrentando aumentos de preços e uma possível desaceleração em seus gastos.

As ações da empresa caíram 29,2% após a divulgação de resultados do segundo trimestre, atingindo seu nível mais baixo em quase três anos. Essa foi a maior queda em um dia desde outubro de 2011.

A Crocs anunciou que sua receita no terceiro trimestre deve cair entre 9% e 11% em relação ao ano anterior, ao contrário das expectativas de crescimento. Além disso, a empresa está tentando gerenciar custos e reduzir descontos, o que pode impactar ainda mais as vendas.

Fatores como:

  • Taxas de juros mais altas
  • Preços elevados de produtos
  • Incerteza na política comercial de Trump
  • Mercado de trabalho em desaceleração

têm pressionado os gastos dos consumidores. A Ralph Lauren também afirmou que seus consumidores estão se mostrando cautelosos.

A Crocs observou uma mudança nos gostos dos consumidores, que afeta a popularidade dos calçados "feios". O CEO comentou que os calçados atléticos estão retornando, e eventos como a Copa do Mundo de 2026 e as Olimpíadas de 2028 podem beneficiar marcas esportivas.

Recientes resultados mostraram um prejuízo líquido de US$ 492,3 milhões no trimestre, devido a baixas contábeis relacionadas à aquisição da marca Heydude. Apesar disso, as receitas do segundo trimestre tiveram um crescimento de 3,4%, totalizando US$ 1,1 bilhão, impulsionadas pelos mercados internacionais.

Leia mais em folha