Ações da Nike disparam 10% com expectativa de reestruturação apesar do pior resultado em anos
A recuperação da Nike ganha impulso com forte aumento nas ações, mesmo após reportar os piores ganhos trimestrais em anos. O CEO destaca melhorias nas vendas de produtos para corrida e uma estratégia focada em esportes fundamentais.
Ações da Nike subiram mais de 10% nas negociações pós-mercado na quinta-feira (26), impulsionadas pela confiança dos investidores em seu plano de recuperação.
Apesar disso, a empresa relatou seus piores ganhos trimestrais em mais de três anos. O CEO Elliott Hill destacou iniciativas focadas em produtos para esportes cruciais durante a conferência com analistas.
Hill afirmou: "Quando nos concentramos no esporte, vencemos", citando um aumento de 7% a 10% nas vendas de produtos para corrida, em meio à concorrência de marcas como Hoka e On.
O CFO Matthew Friend comentou que os resultados decepcionantes refletem um impacto significativo do programa de recuperação, esperando que os obstáculos diminuam a partir de agora.
A Nike anunciou uma receita de US$ 11,1 bilhões para o quarto trimestre fiscal, superando expectativas, mas ainda é a mais baixa desde o terceiro trimestre de 2022. Hill admitiu que os resultados não atendem ao padrão da marca.
A empresa enfrenta desafios devido à ênfase em vendas diretas e dependência de produtos de estilo de vida, além de impactos negativos das políticas tarifárias do presidente Trump, com custos projetados de aumento de US$ 1 bilhão.
A Nike está mudando seu fornecimento da China para outros países, reduzindo a importação de calçados do país de 16% para abaixo de 10% até 2026.
O lucro líquido trimestral foi de US$ 211 milhões, uma queda de 86% em relação ao ano anterior. A empresa espera que as receitas do próximo trimestre caiam de médio a um dígito único.