Ações da Reag, investigada por elo com PCC, despencam quase 20% na Bolsa
A Reag Investimentos enfrenta forte queda de quase 20% em suas ações após ser alvo de mandados de busca da Operação Carbono Oculto. A empresa, que gerencia R$ 299 bilhões, se comprometeu a colaborar com as investigações, enquanto sua reputação e operações estão sob severa scrutiny.
Ações da Reag Investimentos (REAG3) despencam quase 20% na Bolsa durante a Operação Carbono Oculto, que investiga a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Por volta das 11h50, os papéis recuavam 18,88%, valendo R$ 3,05, e entraram em leilão diversas vezes pela manhã. O leilão acontece quando há variação abrupta no preço das ações.
O volume financeiro foi significativo, com R$ 138,1 mil já negociados até às 11h55, superando os totais dos últimos cinco dias.
A Reag confirmou, em fato relevante, a execução de mandados de busca e apreensão e afirmou estar colaborando com as investigações.
Fundada em 2012, a Reag se destaca como a maior gestora independente do Brasil, com R$ 299 bilhões sob gestão. Controlada pela Reag Capital Holding S/A, a gestora se tornou conhecida também por patrocinar o Belas Artes, um tradicional cinema de São Paulo.
A Operação Carbono Oculto revela que o PCC utilizava mais de mil postos de combustíveis em dez estados e controlava 40 fundos de investimento para lavagem de dinheiro, abrangendo toda a cadeia produtiva de combustíveis, com um sofisticado esquema de empresas e instrumentos financeiros.