Ações de distribuidoras de combustível sobem após megaoperação da Polícia Federal contra PCC
A valorização das ações reflete a confiança dos investidores na regularização do setor, com a expectativa de que a operação da PF minimize a concorrência desleal de postos clandestinos. A Bolsa brasileira também reage positivamente, atingindo patamares próximos à máxima histórica.
Ações de distribuidoras de combustível têm forte alta nesta quinta-feira (28) após a Polícia Federal deflagrar uma megaoperação contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) no setor. A valorização impulsiona a Bolsa brasileira, que registrava alta de 1,80%, a 141.719 pontos.
As ações da Ultrapar (dona dos postos Ipiranga) subiam 7,31%, e Raízen e Vibra Energia registravam altas de 5,66% e 5,01%, respectivamente.
A operação chamada Carbono Oculto visa cumprir mandados de busca e prisão em empresas ligadas ao PCC, a maior ação do tipo na história do Brasil, com foco em mais de 350 indivíduos e empresas.
Investigações apontam que o PCC controla diversas etapas do setor de combustíveis, como metanol, gasolina e etanol, dificultando a concorrência para empresas que atuam legalmente.
Rodrigo Alvarenga, da One Investimentos, destaca que a operação aponta para um aumento no cerco contra postos clandestinos, beneficiando empresas regulares.
A operação é parte de uma investigação que estima movimentação de R$ 30 bilhões por parte do crime organizado, com mandados para bloquear R$ 1,4 bilhão.
Além do setor de combustíveis, são investigados o mercado financeiro, imobiliário, transporte público e clínicas odontológicas.
Quatro frentes parlamentares pedem ao Congresso Nacional que avance em medidas de fiscalização no setor de combustíveis, incluindo um projeto para autorizar a ANP a usar dados da Receita Federal para combater sonegação.