Ações de reflorestamento e de desenvolvimento sustentável podem ser feitas em conjunto por países do Brics, diz executiva da Vale
Executiva da Vale destaca potencial de colaboração entre países do Brics para ações de reflorestamento e conservação. Forum discute estratégias integradas em busca de desenvolvimento sustentável e troca de conhecimentos sobre mudanças climáticas.
Ações de reflorestamento e desenvolvimento sustentável podem ser integradas por estratégias conjuntas no grupo dos Brics, destacou Patrícia Daros, diretora de Soluções Baseadas na Natureza da Vale, durante o Fórum Empresarial dos Brics, organizado pela CNI.
Daros ressaltou a "pauta florestal", que pode ser discutida em diversas frentes, incluindo a colaboração em iniciativas de conservação. Os países devem compartilhar experiências em gestão de unidades de conservação e uso sustentável dos recursos florestais, favorecendo o desenvolvimento econômico das comunidades locais.
Ela afirmou: “Faz total sentido [ações em conjunto sobre o tema]” e enfatizou a importância da troca de conhecimento sobre mudanças climáticas e sequestro de carbono, que é a remoção de CO2 da atmosfera.
A executiva sugeriu a criação de iniciativas similares ao TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre), que financia a conservação em países em desenvolvimento. Isso fortaleceria a posição dos Brics em fóruns internacionais e otimiza a alocação de recursos.
Outra proposta foi a implementação de mecanismos de compensação para troca de créditos de carbono entre os países do Brics, reconhecendo as florestas como ativos ambientais cruciais.
No painel sobre transição energética e descarbonização, Daros apresentou as metas da Vale, incluindo o reflorestamento e proteção de 500 mil hectares como parte da agenda 2030, além de manter 800 mil hectares em parceria com o ICMBio.
Ela finalizou destacando a necessidade de unir esforços entre poder público, setor privado e sociedade civil para enfrentar os desafios climáticos atuais.