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Ações do Nubank avançam na bolsa, mas números não agradam analistas

BDRs do Nubank apresentam alta após resultado do primeiro trimestre de 2025, enquanto ações nos EUA também se valorizam. Apesar do crescimento em lucro e receita, analistas alertam para aumento da inadimplência e pressão na rentabilidade futura.

Resultados do Nubank no primeiro trimestre de 2025 mostram crescimento, mas também desafios.

Após a divulgação do balanço, os BDRs da B3 avançaram 3,43%, cotados a R$ 12,64. Na NYSE, a alta foi de 3,23%, a US$ 13,57.

O lucro líquido ajustado do banco foi de US$ 606,5 milhões, crescimento de 61,8% em relação ao ano passado, mas com retração de 0,4% em relação ao quarto trimestre de 2024.

A receita alcançou US$ 3,2 bilhões, um aumento de 40% na comparação anual. O ROE ajustado foi de 30%, voltando aos níveis do terceiro trimestre de 2024.

No primeiro trimestre, o Nubank atingiu 118,6 milhões de clientes, com adição de 4,3 milhões de usuários. A distribuição é a seguinte:

  • Brasil: 104,6 milhões
  • México: 11 milhões
  • Colômbia: 3 milhões

Fernando Siqueira, da Eleven Financial, destacou que, apesar do crescimento, o banco enfrenta inadimplência maior. A expansão em novos mercados pode pressionar a rentabilidade.

A carteira de crédito cresceu de US$ 20,7 bilhões para US$ 24,1 bilhões. A inadimplência de 15 a 90 dias subiu para 4,7%, enquanto a acima de 90 dias caiu para 6,5%.

O custo médio mensal por cliente ativo caiu de US$ 0,80 para US$ 0,70, e a receita média mensal aumentou de US$ 10,70 para US$ 11,20.

A Ativa avaliou o resultado como neutro, destacando a intensificação das operações no México e na Colômbia, que pressionam as margens. O banco busca um crescimento sustentável, mas pode enfrentar desafios de rentabilidade no futuro.

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