Ações europeias terminam em baixa por nervosismo com ameaças de tarifas de Trump
Setores financeiro e de saúde oferecem suporte, mas a pressão sobre a indústria automotiva limita recuperação. A ameaça de tarifas altas dos EUA destaca tensões comerciais entre as regiões.
Ações europeias encerraram a segunda-feira em leve baixa devido à queda no setor automotivo, após ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas à União Europeia.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,1%. A maioria dos índices regionais também teve perdas, exceto o FTSE 100, que subiu 0,6%, atingindo uma máxima recorde.
O FTSE foi impulsionado pela AstraZeneca, que viu suas ações subirem 2% após anúncio positivo sobre medicamento experimental para hipertensão.
Entre os destaques negativos, o setor automotivo apresentou quedas de cerca de 2% para a BMW, Volkswagen e Mercedes-Benz, devido a preocupações com tarifas.
A União Europeia acusou os EUA de resistência a um acordo comercial, alertando sobre possíveis contramedidas contra tarifas "absolutamente inaceitáveis" previstas por Trump para 1º de agosto.
Trump intensificou a guerra comercial, anunciando tarifa de 30% sobre a maioria das importações da UE no próximo mês.
Simon Wells, economista-chefe do HSBC, destacou que a reação econômica dependerá do tempo que se espera para a vigência dessas tarifas.
O setor financeiro teve desempenho positivo, com bancos da zona do euro subindo 0,5%, com credores italianos como Banco BPM e BPER Banca subindo entre 5% e 6%.
Indicadores regionais:
- LONDRES: FTSE +0,64%, 8.998,06 pontos
- FRANKFURT: DAX -0,39%, 24.160,64 pontos
- PARIS: CAC-40 -0,27%, 7.808,17 pontos
- MILÃO: Ftse/Mib +0,27%, 40.186,35 pontos
- MADRI: Ibex-35 +0,19%, 14.036,00 pontos
- LISBOA: PSI20 -0,25%, 7.707,65 pontos