Ações globais ampliam perdas com tarifaço de Trump e aversão a riscos

As ações globais estão em forte queda nesta segunda-feira (7), com investidores buscando ativos seguros devido às tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.

As ações europeias despencaram mais de 5%, e os futuros dos índices nos EUA indicam mais uma forte queda em Wall Street, após a perda de US$ 5 trilhões na semana passada.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA caíram, enquanto moedas como iene e franco suíço dispararam.

Investidores, incluindo Bill Ackman e Stanley Druckenmiller, criticaram a decisão de Trump, que pode desacelerar o crescimento econômico e aumentar a inflação.

Os operadores apostam em cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, apesar de Jerome Powell afirmar que não agirão rapidamente.

Estrategistas do Morgan Stanley preveem uma queda adicional de 7% a 8% no S&P 500 se os temores sobre as tarifas persistirem. O Índice de Volatilidade Cboe atingiu seu nível mais alto desde o início da pandemia.

“Estamos próximos de um momento em que não há para onde correr”, destacou Karen Georges, gestora de fundos da Ecofi.

O mercado espera 125 pontos-base em cortes até o fim do ano, equivalente a cinco reduções de 0,25 ponto percentual.

Trump e sua equipe desconsideraram os temores do mercado, afirmando: “Esqueçam os mercados por um instante. Temos todas as vantagens.”

Destaques da segunda-feira:

• Metais e mineradoras: preços do cobre, níquel e ouro caíram, enquanto ações de mineradoras atingiram mínimas devido às tarifas de Trump.
• Jaguar Land Rover: vendas na América do Norte cresceram mais de 14% no trimestre. A montadora pausar os envios aos EUA por 30 dias.
• Softbank: grupo japonês se prepara para emitir US$ 4,1 bilhões em notas de cinco anos, a maior oferta ao público de varejo da empresa.

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— Com informações da Bloomberg News. Veja mais em bloomberg.com.

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