Ações globais caem com temor sobre guerra comercial; petróleo WTI sobe para R$ 58
A queda nas ações é impulsionada por preocupações crescentes sobre a guerra comercial e seus efeitos nas projeções financeiras das empresas. Resultados abaixo das expectativas e alertas de grandes montadoras reforçam o sentimento pessimista no mercado.
Ações globais em queda nesta terça-feira (6) devido a preocupações sobre a guerra comercial.
Os contratos futuros do S&P 500 recuaram 0,7% e do Nasdaq 100, 0,9%.
A Palantir Technologies viu suas ações caírem cerca de 8% após resultados decepcionantes, especialmente na divisão de vendas internacionais.
A Ford Motor recuou 2,3% após retirar suas projeções financeiras, alertando para um impacto de US$ 2,5 bilhões em 2025 devido às tarifas.
Na Europa, o índice Stoxx 600 interrompeu uma sequência de 10 dias de ganhos com empresas como Royal Philips e Vestas Wind Systems apontando incertezas devido às tarifas comerciais.
Embora houvesse otimismo com concessões dos EUA, isso parece estar se dissipando. O S&P 500 interrompeu uma longa sequência de alta e o alerta da Ford serviu de lembrete dos danos da guerra tarifária.
Mohit Kumar, economista da Jefferies, disse que o mercado se prepara para uma desaceleração econômica e recomenda reduzir a exposição aos EUA.
Os investidores agora veem menos cortes de juros pelo Federal Reserve do que se esperava. O primeiro corte agora é previsto apenas para julho, com três reduções até o fim do ano.
Mercado de câmbio: O índice do dólar da Bloomberg permanece estável, acumulando queda de quase 7% no ano. Isso afeta moedas asiáticas, levando Hong Kong a intensificar vendas de sua moeda local.
Banco da Inglaterra poderá cortar juros nesta semana, junto com Banco Central Europeu, em resposta à guerra comercial.
Destaques de hoje:
- A Ford estima que as tarifas reduzirão o Ebitda ajustado em US$ 1,5 bilhão neste ano.
- A OpenAI concordou em comprar a startup Windsurf por cerca de US$ 3 bilhões, a maior aquisição da empresa até agora.
- A Mattel está "pausando" seu guidance devido à volatilidade macroeconômica.
Por: Bloomberg News