Ações globais recuam com a aproximação do prazo para as tarifas de Trump
A tensão comercial com o governo Trump afeta o mercado global, provocando quedas nas ações e incerteza em torno de novos acordos tarifários. Com prazos se aproximando, investidores demonstram cautela diante das repercussões nas economias emergentes.
Ações globais em queda nesta segunda-feira (7) devido à aproximação do prazo de tarifas dos EUA, com o governo Trump tentando finalizar acordos até 9 de julho.
Os futuros do S&P 500 caíram 0,5%, após fechamento dos mercados na sexta-feira. A Tesla recuou mais de 7% no pré-mercado, levantando preocupações sobre a reação de Trump à política de Elon Musk.
As ações europeias se mantiveram estáveis, enquanto as asiáticas caíram 0,7%. As tensões comerciais ressurgiram, pois Trump planeja aplicar tarifas unilaterais a diversos países.
As ações haviam atingido níveis recordes, impulsionadas por expectativas de medidas menos severas e sinais de resiliência na economia dos EUA.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, sugeriu que alguns países poderiam ter uma extensão de três semanas para negociações.
“Acho que houve um relaxamento excessivo”, afirmou Christian Mueller-Glissman do Goldman Sachs. Ele alertou que eventuais incertezas sobre tarifas podem impactar o mercado.
Nos títulos, o rendimento do papel japonês de 30 anos subiu para 2,96%. Os Treasuries dos EUA permaneceram estáveis a 4,34% para a T-note de 10 anos.
Comentar sobre a influência das declarações de Trump, Mingze Wu da StoneX disse que são um advento de incerteza política para os países emergentes.
Destaques da manhã (7 de julho):
- Tarifas sobre os BRICS: Trump ameaça tarifas adicionais de 10% a países que alinhem-se com os BRICS antes do fim da pausa de 90 dias.
- Nissan: Planeja captar US$ 5 bilhões para reestruturação liderada pelo CEO Ivan Espinosa.
- Shell: Ajusta previsão para resultados do 2º trimestre devido ao desempenho negativo na operação de trading.
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Com informações da Bloomberg News.