Ações globais sobem com sinais de avanço nas negociações comerciais dos EUA
O mercado financeiro intensifica a alta em resposta a negociações comerciais mais promissoras e expectativas de cortes de juros nos EUA. O dólar permanece em queda, refletindo preocupações com a política fiscal e o crescente déficit do país.
Ações globais operam em alta nesta segunda-feira (30), impulsionadas por avanços nas negociações comerciais entre o governo Trump e parceiros. O S&P 500 atingiu uma nova máxima histórica.
Contratos futuros do índice de referência dos EUA subiram 0,4% e do Nasdaq 100, 0,5%. Bolsas europeias e asiáticas operaram estáveis.
O dólar caiu 0,2% frente a uma cesta de moedas, próximo das mínimas em três anos. Títulos do Tesouro dos EUA se valorizaram, com o rendimento da T-note de 10 anos caindo para 4,25%.
As ações americanas atingiram máxima histórica na semana passada, devido ao alívio nas tensões geopolíticas e resiliência da economia, apesar das tarifas de Trump. A inflação contida aquece apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve ainda em 2023.
Com o prazo de 9 de julho se aproximando, as negociações com China e União Europeia avançam. Investidores esperam dados econômicos, como o relatório mensal de empregos, que será divulgado na quinta-feira.
Daniel Murray, CEO da EFG Asset Management, destacou uma onda de otimismo em torno de acordos comerciais com os EUA.
Enquanto isso, continuam as negociações sobre o projeto de corte de impostos de Trump, que pode aumentar o déficit dos EUA em quase US$ 3,3 trilhões ao longo da próxima década. O índice do dólar da Bloomberg acumula queda de quase 9% no ano.
Lloyd Chan do Mitsubishi UFJ Financial Group mencionou que o dólar está sob pressão cíclica devido a incertezas nas políticas fiscais e comerciais dos EUA.
Destaques desta manhã (30 de junho):
- Starlink planeja investir US$ 112,7 milhões na África do Sul para obter uma licença de operação.
- Danantara busca um empréstimo de até US$ 10 bilhões, o maior do Sudeste Asiático, para fins corporativos.
- Investimentos em IA: Armen Panossian, co-CEO da Oaktree, alerta sobre risco de excessos em investimentos, lembrando o boom das fibras ópticas nos anos 1990.
— Com informações da Bloomberg News.