Ações globais voltam operar em alta com maior expectativa de corte de juros nos EUA
Mercados globais avançam com otimismo sobre cortes de juros do Fed e resultados corporativos positivos. Expectativa de novas medidas de estímulo gera cautela entre analistas, que alertam para possíveis correções nas ações.
Ações globais operam em alta nesta terça-feira (5), impulsionadas por cortes de juros pelo Federal Reserve e resultados corporativos robustos.
Na Europa, o Stoxx Europe 600 subiu pelo segundo dia consecutivo. A BP teve um bom desempenho após divulgar lucros acima do esperado e anunciar recompra de ações. Outras empresas como DHL Group, Diageo e Infineon Technologies também apresentaram resultados fortes.
Os futuros do S&P 500 operavam em leve alta, refletindo o maior avanço do índice desde maio, com investidores comprando ações que caíram na semana anterior. A Palantir Technologies subia mais de 5% no pré-mercado após resultados positivos.
Aumento de apostas em cortes de juros pelo Fed decorre de um fraco relatório de emprego recente. As ações se recuperaram das mínimas de abril, com a convicção crescente de que as empresas americanas aguentam tarifas e o Fed atuará para evitar recessão.
Segundo Michael Brown, estrategista da Pepperstone, “parece que este é um mercado em alta que não pode ser contido por muito tempo”.
Rendimentos dos Treasuries caíram, com a taxa do título de 10 anos subindo para 4,21%. O petróleo se estabilizou após três dias de queda, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaça punir a Índia por comprar petróleo russo.
A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, indicou que o tempo de cortes de juros está próximo, com o mercado precificando uma chance de 80% para um corte de 25 pontos-base na próxima reunião.
Estratégistas de Wall Street alertam sobre a possibilidade de correções nas ações americanas, com o S&P 500 podendo registrar quedas a curto prazo.
Destaques do dia:
- Diageo: Manteve projeções de crescimento nas vendas e anunciou ampliação de cortes de custos para US$ 625 milhões.
- BP: Adotou operações de curto prazo que superaram rivais como Shell e TotalEnergies, otimizando lucros.
- Amazon: Reestruturou sua divisão de podcasts, demitindo cerca de 110 funcionários, incluindo a CEO da divisão.
Com informações da Bloomberg News.