Acompanhe a cotação do dólar nesta quinta-feira (14)
Governo apresenta pacote de medidas para amparar empresas afetadas pela tarifa de 50% dos EUA, que inclui linha de crédito de R$ 30 bilhões. Enquanto isso, investidores monitoram a instabilidade do dólar e as negociações comerciais com outras nações, como a China.
Dólar aberto próximo à estabilidade nesta quinta-feira (14), com investidores atentos às negociações entre Brasil e EUA sobre tarifa de 50% em produtos brasileiros.
A às 9h05, a moeda norte-americana caía 0,08%, cotada a R$ 5,3968. Na quarta-feira (13), o fechamento foi em alta de 0,25%, a R$ 5,400, enquanto a Bolsa caiu 0,88%, a 136.687 pontos.
O plano de contingência do governo Luiz Inácio Lula da Silva visa amparar empresas afetadas pela tarifa. A MP apresenta uma linha de crédito de R$ 30 bilhões e inclui:
- Adiamento de impostos federais;
- Maior ressarcimento de créditos tributários;
- Refoma nas garantias de exportação.
A medida prioriza pequenas empresas e exportadores de produtos como tilápia e mel. A MP terá vigência imediata e precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias.
O governo pedirá ao Congresso autorização para excluir o pacote da meta fiscal de 2025, esperando alcançar até R$ 9,5 bilhões em medidas. A decisão contraria o que foi anteriormente indicado pelo ministro Fernando Haddad.
Após a apresentação do pacote, Haddad afirmou que “é uma primeira medida” e que o governo monitorará outras atividades impactadas.
Embora o pacote seja considerado necessário, o mercado teme que isso gere desafios fiscais e comprometa as metas públicas. A dívida pública é uma preocupação crescente, com níveis já em 77% do PIB.
O tarifaço foi confirmado mesmo após negociações frustradas entre Brasil e EUA, com reunião entre Haddad e o secretário do Tesouro norte-americano cancelada.
Enquanto isso, o governo Lula busca estabelecer parcerias comerciais com outros países, tendo conversado recentemente com Xi Jinping, da China.
No mercado externo, a atenção está na possibilidade de afrouxamento monetário pelo Fed. A expectativa é de cortes de juros em setembro, o que poderia impactar o valor do dólar globalmente.