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Acordo com o Irã é difícil de alcançar em duas semanas, mesmo se Trump quiser um

Diplomatas alertam que negociações com o Irã podem ser lentas e complicadas. A pressão militar e política sobre o país se intensifica, enquanto o futuro do programa nuclear continua incerto.

Diplomatas descrevem negociações com o Irã como um processo longo. O acordo da era Obama levou quase dois anos para ser completado. Após Donald Trump cancelar o tratado, Joe Biden tentou reconstituí-lo por 15 meses, sem sucesso.

Agora, com a possibilidade de uma diplomacia acelerada antes de um possível bombardeio, o que Trump espera alcançar em duas semanas? Veteranos alertam que não será muito. A situação é diferente: o aiatolá Ali Khamenei, que tem a palavra final, está supostamente escondido.

O ministro iraniano, Abbas Araghchi, se mostrou disposto a limitar a produção nuclear, mas enfatizou que a negociação não ocorrerá enquanto Israel atacar suas instalações. Para Trump, o tempo é curto: "Duas semanas seriam o máximo", disse ele, descartando o papel da Europa nas conversas.

Não está claro se Trump busca um acordo real ou apenas tempo para se preparar para um possível ataque militar. Até agora, contatos entre Araghchi e o enviado de Trump, Steve Witkoff, não mostraram resultados.

Araghchi, experiente nas negociações de 2015, pode ter poder limitado sobre Khamenei. Witkoff, por outro lado, tem laços próximos com Trump, mas pouco conhecimento sobre o programa nuclear iraniano.

Se um acordo for alcançado, ele precisará ser aceito internamente. Richard Haass destaca que a pressão sobre o Irã e Trump é intensa. O que Trump demanda será crucial: rendição incondicional ou uma suspensão temporária do enriquecimento nuclear?

Robert Malley acredita que duas semanas não são suficientes para uma rendição completa. Entretanto, uma abordagem diplomática onde o Irã voluntariamente interrompa o enriquecimento pode ser uma possibilidade.

Porém, o clima atual não permite longas negociações. Araghchi expressou ceticismo sobre as intenções dos EUA, sugerindo que as negociações possam ser uma fachada para ações militares. Ele reafirmou que o Irã continuará a enriquecer urânio, pois isso é uma questão de orgulho nacional.

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