Acordo comercial com os EUA pode ajudar economia do Reino Unido, mas não irá transformá-la
Acordo comercial com os EUA é visto como um alívio momentâneo para a economia britânica, mas limitações e incertezas globais ainda preocupam especialistas. Mesmo com negociações em andamento, o crescimento econômico do Reino Unido continua vulnerável a choques externos.
Governo britânico busca crescimento econômico rápido, mas enfrenta desafios globais.
Na quinta-feira (8), anunciou um acordo comercial com os EUA para reduzir tarifas americanas.
O presidente Donald Trump afirmou que o acordo "cementará a relação" entre os países.
Embora os detalhes sejam vagos, economistas dizem que o impacto será limitado devido à incerteza econômica global.
Zara Nokes, da J.P. Morgan Asset Management, alerta que "um cenário global ainda incerto" pesará sobre o Reino Unido.
Dificuldades foram encontradas nas negociações, incluindo tarifas de 10%, 25% sobre carros e aço, e temores sobre produtos farmacêuticos e filmes.
O acordo pode beneficiar a indústria automobilística britânica, que depende fortemente do mercado dos EUA.
Mais de 60% das empresas não esperam impacto das tarifas no próximo mês, segundo pesquisa.
Um acordo de livre comércio abrangente ainda é incerto, e um relacionamento mais próximo com a União Europeia é desejado.
O Banco da Inglaterra cortou as taxas de juros para 4,25%, preocupado com a incerteza comercial que impacta o investimento e o consumo.
Economistas ressaltam que a incerteza na política comercial de Trump é a maior ameaça ao crescimento britânico.
Benjamin Caswell, do Instituto Nacional de Pesquisa Econômica e Social, alerta que "fatores domésticos", e não apenas tarifas, afetam a economia, prevendo um crescimento de apenas 1,2% este ano.